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sexta-feira, 14 de março de 2008

A Dúvida


Peço desculpa pelo meu humor, mas não consigo desfazer-me destes pensamentos.

Luto contra a desconfiança,
Tento manter o semblante leve, eis quando os fantasmas me assolam a mente...
Quero acreditar que não tenho razões para me sentir assim, mas saber que outrém ouve as palavras que gostaria de ouvir e há muito não oiço...

Só me apetece fugir,
Fugir de tudo e de todos...
mas seria concerteza apanhada por mim, numa luta que teria de enfrentar, mais cedo ou mais tarde.

E enfrentar o quê? Nem sei contra o que luto...
Lembranças desagradáveis, um ódio que me consome por quem nem conheço, e que no entanto conseguiu o que queria para mim.

Não

Não é inveja,
É pois uma mágoa de não poder exprimir o que sinto a quem mais quero, e saber que outra pessoa ouve pequeninos poemas pelos quais anseio.

Estarei tão errada em sentir o que sinto?

Pode até ser, mas sinto-o e é bem forte, consome-me o pensamento, tira-me a concentração...
Sempre que tento ocupar a mente com qualquer coisa que seja, logo um gelo me percorre a espinha, revivo a dor vezes sem conta.

Como se de um pesadelo se tratasse...
Daqueles em que fugimos, mas quem nos pressegue não se afasta, gritamos, mas mão emitimos um único som...

Sinto-me prisioneira dos meus sentimentos, do ciúme que me foi desperto comtanta garra e de mim se apoderou sem licença pedir, da dúvida de ser amada pelo que sou e não apenas pelo tempo que nos une...

Deverei ter medo de um fantasma do passado?
Poderá atormentar-me mais ainda?

Hoje não me sinto com vontade de escrever,
Apenas vomitar sentimentos feitos em palavras, mesmo sem nexo...

Hoje estou cinzenta!!!

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