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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Nunca mais


Do amor...

Que é feito dele?
O fumo encobriu-o,
E o tempo apagou-o.

Devolve-me os sonhos,
Perde-te nos meus pesadelos,
Não és mais do que fui para ti,
Não agora, não nunca mais.

Rebola na tua própria frieza,
Arrasta a tua mágoa para fora de mim,
Não quero mais,
Não agora, não nunca mais.

"Vê que o tempo não parou,
Vê o rasto que deixou,
Vê o sangue que ficou."

Pára.
É passado, foi futuro mas nunca presente.
Deixa que passe.
Desiste.

Devolve-me os sonhos que me retiraste,
Deixa-me traçar um caminho para longe de ti
Porque não vale a pena esperar por algo que nunca acontecerá.

Deste-me pedaços de afecto,
Que eu achei que pudessem ser verdadeiros.
Afinal a culpa não foi só minha...

Tudo aquilo que disseste...
Para quê?
Só fizeste com que me magoasse mais.

Agora estou por minha conta...
(Inútil, estúpida e sem sentido

Eu não quero mais,
Não agora, não nunca mais.
(E a vida segue, e o rastro perde-se...)

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